sexta-feira, 4 de novembro de 2011

PROJETO DA SEMANA DA CONSCIÊNCIA NEGRA (CASA DO SAMBA DONA ALVINA )



Semana da Consciência Negra Rainha Ginga

20 a 27 de Novembro – Quilombo Pitanga dos Palmares


Apresentação



O Brasil vive um momento histórico, onde uma mulher assumiu a Presidência da República pelo voto de seu povo. A mulher, desde então, sente-se renova em suas forças e anseios pela igualdade de gênero.

Como falar da luta da mulher por garantia de seus direitos no Brasil sem falar de raça e credo?  O negro no Brasil é sinônimo de luta e resistência. A mulher negra é garra e determinação.



A semana da Consciência Negra Rainha Ginga aborda questões viscerais de nossa sociedade atual, aonde os negros e, em especial, a mulher negra, vem desbravando novos caminhos para alcançar a tão sonhada liberdade. Para isso apresenta uma programação cultural, porém com espaços que privilegiam o pensamento crítico.

Seu objetivo é fortalecer as raízes culturais, em suas múltiplas dimensões estimulando o protagonismo comunitário crítico sobre as relações sociais colocadas por nossa sociedade  atual.

A característica marcante de nossa cultura, e a riqueza de sua diversidade,resultado do nosso processo histórico-social e das dimensões continentais de nossa territorialidade.

A semana terá encerramento com a entrega do Troféu Rainha Ginga, que será conferido as mulheres negras que se destacaram na luta pelos direitos humanos estabelecendo alianças de paz.





                                                              “ Enquanto o negro brasileiro não tiver                                                         acesso ao conhecimento da historia de si próprio, a escravidão cultural se manterá no país”.













Programação



DATA/HORA
ATIVIDADES
ORGANIZAÇÃO/PALESTRANTE
LOCAL
20/11/11
Samba de Roda com grupos locais
Ponto de rede de samba Dona Alvina .

21/11/11
Palestra sobre a história do samba de roda
   “IGREJA DE SÃO GONÇALO

22/11/11
Palestra sobre o negro no mundo atual
 IGREJA DE SÃO GONÇALO

23/11/11
Encontro com os mestres do samba de roda e seus pupilos
CASA DO SAMBA

24/11/11
Exposição de artesanato local / apresentação de grupos afro
 LARGO DA IGREJA DE SÃO GONÇALO

25/11/11
Café da manhã com as comunidades quilombolas vizinhas e povos tradicionais,/Palestra sobre a consciência negra/ entrega do troféu Rainha GINGA
IGREJA DE SÃO GONÇALO

26/11/11

Apresentação do plano de desenvolvimento local- 2012

Igreja de São Gonçalo


27/11/11

Apresentação do samba de viola raízes da Pitanga, APRESENTAÇÃO D E SHOW INFANTIL. SHOW RISO
Parque de exposição

SALVADOR
R$500,00





Horário das 09:00hs as 14:00hs

                            Biografia da Rainha Ginga                

O período escravista foi extremamente marcado pela opressão e pela castração do povo negro diante de sua luta pela libertação. A resistência aparecia sob todas as formas, através de guerras ou guerrilhas, como as que ocorreram no Ndongo (atual Angola), no Quilombo dos Palmares e nos demais quilombos espalhados pelo Brasil.

E neste momento histórico que se manifesta a presença guerreira da Rainha Ginga de Angola, exemplo todas as mulheres negras. Em 1623,Nzinga Mbandi Ngola Kiluanji,a Rainha Ginga,assumiu o trono do Ndongo e passou a lutar contra os portugueses.

Nzinga participava dos combates e era também muito respeitada por possuir poderes ligados às forças cósmicas, o que lhe permitia mandar chover para garantir a fertilidade da terra.

Casou-se e separou-se de Jaga Kasa, descendente dos jagaspovo guerreiro que se destacava nos combates militares e com quem continuou mantendo boas relações a fim de defender os interesses político-militares com os portugueses. É importante ressaltar a força e os meios estratégicos que a Rainha Ginga utilizava para estabelecer alianças com outros reinos através de intensa atividade diplomática que, depois de muitos esforços, resultou na obtenção da assinatura de um tratado,junto ao Governo de Luanda, que mantinha a integridade do Reino do Ndongo.

Nzinga conseguiu libertar escravos, distribuir terras, ampliar alianças com outros chefes e consolidar a unidade do Ndongo.Como conseqüência era perseguida pelas tropas portuguesas e tinha que deslocar os acampamentos, deixando somente os rastros de sua passagem pelos locais onde acampava com seu exército,criando os quilombos. Após inúmeras batalhas, com a morte de uma de suas irmãs, entre alianças feitas e desfeitas, a rainha, já em idade avançada, por volta de 1650, percebeu que era chegado o momento de buscar a paz na região. Buscou a aliança com a Igreja, pois sabia que, sem o respaldo do Vaticano seria difícil assinar qualquer acordo devido às pressões dos traficantes de escravos, que tinham interesse na continuação da guerra, fonte de prisioneiros. O objetivo principal de Nzinga era estimular as insurreições negras, especialmente Palmares, no Brasil.

Finalmente,em 1657, foi celebrado o tratado de paz que permitiu a libertação de uma outra irmã de Nzinga e a independência do Ndongo. As mulheres foram beneficiadas com este acordo de paz, pois passaram a ter liberdade de criar seus filhos nos quilombos, o que durante a guerra era proibido, permitindo assim, o repovoamento do Ndongo. Com a aliança feita com a Igreja, Nzinga teve que abrir passagem para os missionários capuchinhos, fazendo-se passar pelos ritos de conversão ao catolicismo. Batizou-se com o nome católico de Ana de Souza. Incentivou o batismo de todas as crianças, exigindo que seus soldados usassem um medalhão com uma cruz. Desta relação com a Igreja, foram fundadas as irmandades católicas de negros que, além de formarem correntes de libertação através da compra de cartas de alforria, abrigavam também sociedades africanas que implantaram no Brasil a tradição religiosa de origem, as comunidades - terreiro de candomblé, que foram e são espaços de afirmação de nossa identidade afrodescentes.


A historia da Rainha Ginga, como é conhecida nas congadas brasileiras, é bastante significativa no que se refere ao papel de mulher em nosso meio social.

Fonte: site mluhernegra.com.br

PROJETO ELABORADO PELO O ARTICULADOR DA CASA DO SAMBA DONA ALVINA E SUA EQUIPE


WELLINGTON PACIFICO

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